Hemocromatose
O tratamento é simples, seguro e de baixo custo financeiro. O primeiro passo é livrar o organismo do excesso de ferro. Isto é conseguido através de um procedimento chamado flebotomia (sangria), que é a retirada de sangue. Cerca de 500 ml de sangue são retirados semanalmente por um período de meses. São realizados exames de controle periódicos para monitorizar os níveis de ferro. O objetivo é trazer os níveis de ferritina ao normal e mantê-los assim. A duração das flebotomias semanais dependerá do grau de sobrecarga de ferro presente ao diagnóstico.
Uma vez que os níveis estejam normalizados, começa a terapia de manutenção - que envolve a retirada de 500 ml de sangue a cada 2 a 3 meses. Algumas pessoas podem necessitar de flebotomias mais frequentes. Como na fase anterior, são feitos exames periódicos para controle do tratamento Quanto mais cedo a hemocromatose é diagnosticada e tratada, melhor. Se o tratamento começa antes que haja danos em órgãos-alvo, complicações como doença hepática e cardíaca, artrite e diabetes podem ser evitadas. O prognóstico para pessoas que já apresentam complicações depende do grau de dano existente. Por exemplo: o tratamento da hemocromatose pode interromper a progressão da doença hepática em seu estágio inicial, o que significa uma expectativa de vida normal. Entretanto, se já houver cirrose, o risco da pessoa desenvolver um câncer de fígado estará aumentado mesmo se os níveis de ferro forem reduzidos ao normal. Um seguimento apropriado com o especialista é necessário.
Portadores de hemocromatose não devem tomar suplementos de ferro. Aqueles com doença hepática não devem tomar bebidas alcoólicas, porque isto pode aumentar a agressão ao fígado.
O tratamento não cura as condições associadas com a hemocromatose estabelecida, mas ajuda em muitas delas. A exceção maior é a artrite, que não melhora mesmo depois que o excesso de ferro tiver sido removido.